Saber na Net: abril 2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

MÍDIAS, ARTE E COMUNICAÇÃO

Para tornar-se compreensível a estreita ligação das mídias, da comunicação com a arte, faz-se necessário primeiramente lembrar o conceito de mídia, termo utilizado para referenciar um complexo sistema de expressão e comunicação. Santaella falando sobre as mídias afirma:

O termo mídias no plural visa pôr em relevo os traços diferenciais de cada mídia, para caracterizar a cultura que nasce nos trânsitos, intercâmbios e misturas entre os diferentes meios de comunicação. (SANTAELLA, 1992, p. 138).

Quando o autor afirma que o termo mídias no plural visa por em relevo os traços diferenciais de cada mídia ele está se referindo a maneira como cada mídia se mostra, ou seja, como a informação é transformada e disseminada, podendo ser através da mídia impressa, eletrônica, digital entre outras.

Deste modo as mídias constituem-se em processos que potencializam a transmissão de informações, influenciando a relação individuo sociedade, a percepção da realidade e sua significação singular e coletiva. Domingues afirma que a internet é uma maneira eficaz de circulação da arte:

A forma mais conhecida de circulação da arte na rede está sendo permitidos pela Internet que faz proliferar a web sites artísticos, muitos deles com possibilidades de interação. Nessa perspectiva se colocam os netmuseus, as netgalerias, os netmagazines que disseminam informações sobre arte. As propostas artísticas na Internet são uma possibilidade para que obras de arte, acervos possam ser consultados por não importa quem no planeta. (DOMINGUES, 2003, p.5)

É interessante observar que com o passar do tempo, a arte ganha maior liberdade de expressão e disseminação, seja com os trabalhos artísticos parcial ou totalmente elaborados por meios virtuais, ou mesmo aqueles produzidos com suportes tradicionais, mas que através da digitalização de imagens, a arte passa a interagir de forma diferenciada.

O trabalho em questão vem mostrar que a arte e as mídias integram um universo de possibilidade de aprendizagem através da interação, da percepção, da significação da releitura, o que afirma Domingues:

A arte interativa é totalmente avessa ao princípio de inércia. Surge um novo “espectador” mais participativo que através de interfaces tem acesso à obra proposta. São as interfaces amigáveis que permitem as trocas do espectador com as fontes de informação. A contemplação é substituída pela relação. (DOMINGUES, 1977,22)

Ao afirmar que a contemplação é substituída pela relação à autora coloca em evidência a realidade atual, o que acontece em um local é facilmente divulgado através dos recursos midiáticos tornando-se um fato conhecido. Esta interatividade tende a enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

Sendo utilizado por meio de projetos é possível aplicar os conteúdos de uma maneira diferenciada resultando em uma aprendizagem mais significativa, valorizando a atual sociedade tecnológica.

Hoje é impossível viver sem o auxilio das tecnologias, seja, em casa utilizando o computador, a TV, o rádio, ou no dia a dia ao ir ao supermercado, ou no banco utilizando o caixa eletrônico, sendo assim, podemos concluir que se no mundo atual precisamos conhecer e saber utilizar as tecnologias, na escola também é importante incentivar e ensinar os alunos, como fazer uso da tecnologia de modo adequado.

REFERÊNCIAS

DOMINGUES, Diana. 1997. A arte no século XXI: a humanização as tecnologias. São Paulo: UNESP.

SANTAELLA, L (1992). Cultura das mídias (2ª. Ed. 1996) SP: Experimento.

SANTAELLA, L. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. São Paulo: Editora Pioneira, 2000.

domingo, 15 de abril de 2012

PROJETO: PINTANDO COM TARSILA

EMEB: LEONOR MENDES DE BARROS

PROFESSORA: JACQUELINE M. G. ANTONIETI

Tema: Pintando com Tarsila.

Âmbito de experiência: Conhecimento de Mundo.

Eixo: Artes Visuais.

Duração: 6 meses

JUSTIFICATIVA

As artes visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao pintar os objetos e até seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das artes visuais para expressar experiências sensíveis.

É assim que por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que vão sendo apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.

OBJETIVO DO PROJETO

Garantir oportunidades para que os alunos sejam capazes de:

· Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais e ou internacionais) com as quais entre em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura.

· Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da interferência e da colagem, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.

PRODUTO FINAL

Exposição das produções e releituras dos alunos na própria escola e divulgação através do blog.

DESENVOLVIMENTO DAS ETAPAS

PRIMEIRA ETAPA

Em roda de conversa, perguntar aos alunos se já ouviu falar da pintora Tarsila do Amaral, como são suas pinturas?

Ler o livro que conta sua história e apresentar algumas obras.

Explorar as formas e cores que a pintora utiliza em suas obras.

Despertar nos alunos o interesse pela pintura.

SEGUNDA ETAPA

Em outra roda de conversa, perguntar sobre as cores diferenciando as cores primárias das secundárias.

Realizar as misturas das primárias para conhecer as secundárias.

Voltando para as carteiras os alunos realizarão as misturas e uma produção espontânea com as cores formadas.

TERCEIRA ETAPA

Propor as crianças que façam um desenho cego utilizando as cores primárias.

Ao som de uma música orquestrada e de olhos fechados, elas farão seus desenhos seguindo o som da música.

Em seguida pintarão, procurando não misturar as cores.

QUARTA ETAPA

Depois de realizar o trabalho com as cores primárias, é vez das cores secundárias. Neste trabalho colocaremos as cores primárias no meio da folha de sulfite, dobraremos ao meio espalhando as tintas e conseguimos cores secundárias formando uma figura diferente e bonita que poderá ser completada, por exemplo, colocando olho, boca, etc.

As crianças se encantam com esta descoberta.

QUINTA ETAPA

Nesta etapa mostrarei as obras da artista plástica Tarsila do Amaral e escolheremos algumas para realizar releituras. Explicarei o que é uma releitura e mostrarei alguns exemplos.

SEXTA ETAPA

RELEITURA DAS OBRAS

Todas as obras selecionadas serão trabalhadas articulando os seguintes aspectos:

· Apreciação

· Reflexão

· Fazer artístico

ABAPORU

As crianças realizarão a apreciação da obra, falando um pouco do que acham da figura. Falarei do significado de Abaporu: nome indígena que significa “que come carne humana”. Comentarei também que Tarsila do Amaral dizia que esta figura poderia ter sido fruto das lembranças das histórias de assombração que as escravas lhes contavam quando pequena.

UMA FIGURA ESTRANHA

Aproveitando o gancho, propor aos alunos que também pintem uma figura estranha. Geralmente ficam animados com a ideia.

A CUCA

· Usando cola colorida e sulfite, pintar a cuca. Personagem já conhecido por eles no sítio do Pica Pau Amarelo.

· Quebra cabeça da imagem da pintura.

· Releitura coletiva utilizando massinha.

A NEGRA

Desenho com lápis preto e pintura a dedo.

A BONECA

· Técnica utilizada: pintura a dedo, pincel, recorte e colagem.

· Interferência com o vestido da boneca.

O OVO

· Interferência com o ovo.

· Releitura utilizando materiais diferentes: giz de cera, pintura a dedo, lápis de cor.

· Releitura coletiva utilizando massinha.

MANACÁ

· Releitura utilizando materiais diferentes: giz de cera, pintura a dedo, lápis de cor.

· Montagem com recorte e colagem.

· Releitura coletiva utilizando massinha.

A LUA

· Releitura utilizando materiais diferentes: giz de cera, pintura a dedo, lápis de cor.

· Releitura coletiva utilizando massinha.

AUTORRETRATO

Releitura do autorretrato de Tarsila do Amaral.

AVALIAÇÃO DO PROJETO

Será realizada durante todas as etapas e concretizada com o resultado final na exposição dos trabalhos realizados e através da publicação dos mesmos no blog: http://sabernanet.blogspot.com/.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA

· Tarsila do Amaral

Mestres nas Artes do Brasil, Ângela Braga – Lígia Rego. Ed. Moderna.

· Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.

· Uma aventura no mundo de Tarsila.

Mércia M. Lutão – Neide Duarte. Ed. Do Brasil.